Não há meios para traduzir tudo que corre em mente. Isso, talvez, se deve à pura euforia ou a linguagem se torna escassa perto do cosmo.
Quando o ato de pensar se desprende daquilo que é rotineiro e que passa despercebido, me sobe aquela sensação estranha, como se eu estivesse num barco, sem remos e perdida na imensidão do mar. Ocorre-me que num palco cujo eu passo despercebida, haverá na platéia incrédula a esperança de uma página nova.
E então eu procuro, navego lentamente sobre perigo constante, pois não importa o quão ruim irá ser não conseguir desbravar o mar, a viagem já basta, viajar nas próprias ideias e perceber que isso satisfaz a sede de explorar o meu eu, já é um grande passo para seguir na busca do que me falta.
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